A Imagem como Sujeito
Há um menino, há um moleque
Orando sempre no meu
coração
Toda vez que o adulto
balança
Ele vem pra me dar a
mão
Há um passado no meu presente
O sol bem quente lá no
meu quintal
Toda vez que a bruxa
me assombra
O menino me dá a mão
Ele fala de coisas bonitas que
Eu acredito que não
deixarão de existir
Amizade, palavra,
respeito
Caráter, bondade,
alegria e amor
Pois não posso, não devo
Não quero viver como
toda essa gente insiste em viver
Não posso aceitar
sossegado
Qualquer sacanagem ser
coisa normal
Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer
solidão
Toda vez que a
tristeza me
Alcança o menino me dá
a mão
Fernando Brant / Milton
Nascimento
Columbia Britânica, Canadá
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