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Programa
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Semana de
Estudos 2018 & Instituto Packter
Ponta das Canas , 21 a 28 de julho - Ilha de Santa
Catarina |
Meu caro colega,
Após a
fundamentação teórica e prática das Autogenias, requisito
essencial aos estudos, a Semana de Estudos
2018 marcará a entrada aberta nos campos sinonímicos. Um novo
divisor de águas. Considere como fundamento imprescindível o estudo
dos Exames das Categorias, da Historicidade, da Estrutura do
Pensamento, dos Procedimentos Clínicos, para o estudo diligente das
pós autogenias.
Três inovações importantes:
1. Cerca de
12 mini vídeos em
computação gráfica especialmente construídos para o evento.
2. Um caderno especial com
resumos, textos e áreas de preenchimentos; semelhantes aos Cadernos G1, G2,
G3.
3. Interação com o ambiente em
caminhadas de estudos e interseção sinonímica.
Tainara Oliveira é quem prefacia o
tema. Uma janela para a inspiração dos trabalhos avançados que
iniciam em julho,
Um grande abraço,
Lúcio Packter
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“Era uma vez um jardim de lavandas que vivia nos dias
de hoje (…)” Talvez fosse um jardim encantando… tinha poderes mágicos
capazes de interferir no mundo ao seu redor. Só que não sabia disso…
O jardim que gostava de
música suave, fez surgir uma violista que adorava tocar seu violino
sentindo o perfume das lavandas. Certo dia, alguém que passava por ali,
que gostava muito de flores coloridas, acabou sentindo o perfume
misterioso das lavandas e ouvindo a música do violino. Isso a encantou a
tal ponto, de ela decidir se mudar para esse lugarzinho diferente em
meio à agitação da plantação de prédios. Ela achou que ali seria um bom
lugar para viver, montou seu jardim com flores coloridas, em vários
vasinhos por sobre seus móveis favoritos em madeira de demolição, pôs
suas cadeiras de vime no jardim, e ali se sentava nos fins da tarde para
ler poemas, sentindo a brisa das lavandas ao som do violino. Agora já
eram três, os vizinhos que faziam parte daquela Composição.
As lavandas, decidiram
florir, pois tiveram essa ideia ao ver a alegria das flores coloridas da
nova vizinha. A violinista teve a ideia de homenagear a Primavera, que
ali diante de seus olhos estava florida e começou a tocar Vivaldi e suas
Quatro Estações.
Alguém que já morava nas
redondezas do jardim, viu toda essa mudança na vizinhança e isso
despertou nele uma querida lembrança dos tempos de infância no interior,
em que ajudava sua velha avó na horta. Pensava que a alegria de colher
vegetais que ele mesmo plantava, nunca mais caberia no seu mundo atual,
longe daquele tempo… Mas ele estava enganado! Teve uma ideia olhando os
jardins de flores em vasos dos seus vizinhos, então plantou alface e
também flores em pequenas floreiras e as colocou em sua janela. Se
alegrou de um jeito que nunca mais havia ficado, sentiu-se emocionado e
grato por pertencer àquele lugar. Agradeceu aos vizinhos que ele nem se
quer conhecia pessoalmente, por terem lhe proporcionado isso. Agora já
eram quatro os novos vizinhos que se agregaram nesta composição.
Vieram também os
pássaros, pois gostavam da natureza que estava começando no jardim da
vizinhança, vieram até borboletas, que antes acreditavam estar extintas.
Borboletas gostam de flores, elas existirão para os que cultivam flores,
se você cultivar apenas pedras, irá acreditar que borboletas não
existem. Também é assim para alguns que cultivam sentimentos ruins e
depois se perguntam por que o amor não existe!?! O amor é como uma
borboleta que surgirá onde houver flores. Há muitos tipos de borboletas,
portanto, para cada amor que se busca, é necessário cultivar as flores
certas para atraí-las.
As borboletas atraíram
um fotógrafo, que pôs as fotos que tirou na internet, expandindo assim,
os horizontes do jardim. Até quem não vivia ali, podia ver as fotos
desse jardim, podia desse modo, até tornar-se seu novo vizinho, se assim
o desejasse, ou simplesmente assim acontecesse.
O jardim que outrora
começou com um pequeno vasinho de lavanda, trazido de um lugar distante,
durante uma viagem de alguém, foi crescendo… Cresceu tanto, que cumpriu
seu papel ali, neste lugar. O jardim já ganhara vida própria, tinha
poder o suficiente para seguir sozinho, com seus vizinhos. Agora era
hora de continuar a jornada!
A magia que o jardim
inspirou, foi abrindo novos caminhos, ampliando horizontes, nunca dantes
imaginados. A agitação urbana foi esmaecendo, ficou para trás. O jardim,
se tornou muito maior que o entorno. O jardim agora, já era o próprio
entorno, estava por toda parte, a nova vizinhança tinha se estendido por
toda a “realidade”. A antiga vizinhança, finalmente, havia mudado! Na
nova vizinhança agora havia também, um pequeno pé de ipê amarelo,
recém-plantado, que já estava todo em flor… E das lavandas, se levariam
umas boas sementes…"
Tainara Oliveira
filósofa clínica
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