Uma Educação do Pensamento
conteúdo programático
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estudos semanais com 50 minutos de duração -
(carta que anunciava este curso no segundo semestre de 2023)
Prezado Estudioso,
O que é um pensamento educado?
Considere que em uma situação delicada na qual
a família estava em um hospital aguardando o parecer sobre uma
tomografia, uma pessoa inadvertidamente dirigiu-se àqueles que amava de
forma ofensiva, causando mágoa. E após esse episódio, pelo qual
expressou pesar e pediu desculpas, você sabe quais foram os rumos dos
pensamentos dessa pessoa?
Quais rumos esses pensamentos tomaram?
Estes pensamentos a assaltaram com remorso,
revisitando repetidamente a cena, uma culpa que desencadeou reações
físicas, tristeza e considerações prejudiciais sobre como remediar a
situação.
Será que é isso que os pensamentos educados,
residentes na mente dessa pessoa, usualmente podem ou devem fazer? E ela
deve acolher placidamente como uma verdade o que os pensamentos fazem? E
se eles estiverem errados, se articulam argumentos com o respaldo de
elementos precários, insuficientes?
Será que os pensamentos dela poderiam ter
outras abordagens, amistosas, condizentes com os melhores caminhos?
Quais seriam essas abordagens?
Seria perdoar a si mesma, analisar o ocorrido
com discernimento e precaução, responsabilizar não apenas a pessoa
envolvida, mas também o contexto, em vez de culpar somente a própria
pessoa? Ou será que negar a culpa, buscar um equilíbrio ou uma
conciliação também seriam opções válidas?
Quais seriam os caminhos que pensamentos bem
elaborados, educados, escolheriam? E quais critérios poderíamos aplicar
para determinar a natureza de pensamentos educados? Por vezes, ideias
que lisonjeiam, atraem ou distorcem podem apresentar traços de sofisma e
falácia, parecendo ser pensamentos educados. No entanto, nessas
situações, há uma tendência a comprometer a qualidade do pensamento. Uma
das questões prementes e graves é que ocasionalmente discernir entre
educação e deseducação, ou entre educação que serve a propósitos
prejudiciais, pode ser uma tarefa desafiadora e complexa.
O que ocorre para que os pensamentos pareçam se
portar como criaturas mimadas, como inimigos da pessoa? Eles são
freqüentemente impertinentes e, por vezes, abusados? A pessoa não os
educou? Ou os educou de maneira contraproducente?
Os pensamentos podem ser reeducados? O que isso
significa?
Este estudo, embasado na abordagem da Filosofia
Clínica, visa explorar algumas dimensões que podem contribuir para
orientar questões como essas e outras semelhantes: ajustes, abordagens,
exercícios e discussões de natureza filosófica.
É imensa a quantidade de pessoas a padecer,
sofrer, das dores do pensamento.
Com meu abraço,
Lúcio Packter
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