Estimado estudioso de Filosofia Clínica,
Subitamente, algumas metanarrativas, como o racionalismo, o
iluminismo, o progresso científico e outras, passaram a ser
questionadas por pensadores como Jean-François Lyotard. As
explicações totalizantes rapidamente perderam força, dando espaço às
múltiplas perspectivas.
Identidades, lógicas e modos de ser tornaram-se, em muitos casos,
multifacetados, fluidos, móveis e heterogêneos. Hibridismos e
pluralidades passaram a ocupar novos espaços. Jean Baudrillard
escreveu que a realidade e sua representação se tornaram
indistinguíveis, com as fronteiras entre o real e o fictício sendo
compreendidas de novas maneiras e, em alguns casos, diluindo-se.
Ainda que com os tropeços naturais da aprendizagem, a
hiperconectividade tornou-se parte cotidiana da existência. A
desconstrução, de Jacques Derrida, converteu-se em uma das
características marcantes da pós-modernidade: textos, discursos e
instituições são agora examinados sob perspectivas diversas.
Como esses temas chegam ao consultório do filósofo clínico? Quais
questões, considerações e elementos se apresentam em torno deles?
Nossa Semana de Estudos não contará com livros ou filmes, sendo
realizada inteiramente por meio de práticas, como foi em 2024.
Espero que apreciem mais esta edição do evento mais antigo em
Filosofia Clínica, a Semana de Estudos.
Um
abraço,
Lúcio Packter
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