www.institutopackter.com.br
 

  

Coexistências

as parcerias ontológicas entre formas de vida e de existência

 

 conteúdo programático

- estudos  semanais com aproximadamente 50 minutos de duração -

  

 

Prezado Estudioso,

A ideia de “mundo comum” é a que norteia as ações das sociedades hoje.
Parece, ao mesmo tempo, indispensável e improvável. É como muitos acreditam que vivem, mas o que vivenciam de fato é outra coisa. Suas decisões mais íntimas já chegam atravessadas por técnica, finanças, linguagem, religiosidades, desejo. Mais ainda.

Há pouco tempo, o que era diferente virava fascínio, objeto de posse, ameaça. Como é agora? Observe ao redor o que tem acontecido desde a modernidade anunciada em Quixote. Estamos conversando com moinhos de vento, cada vez mais conversando com as coisas e menos com as pessoas; a não ser quando pessoas viram coisas. Não é assim para todo mundo e não é assim sempre.

A coexistência envelheceu subitamente Heidegger, fez afastar uma parte imensa da Filosofia que era dialogal, a Filosofia do ser humano para o ser humano. Passamos a falar com árvores, florestas, pássaros, cães, sofás, pianos, fantasmas, nuvens, e eles diversas vezes falam conosco.

Nosso estudo marca uma aproximação com o “estar com”, algo que deixou o ser humano fora da primazia e, provavelmente, da primogenitura.

Coexistências, as parcerias ontológicas entre formas de vida e de existência, não tratam da aprendizagem do francês, do inglês, do espanhol, mas das milhares de línguas entre as coisas. Vamos aprender juntos?

Com encontros semanais (cerca de 50 minutos) a partir de 16 de janeiro de 2026, sexta-feira, às 19h.

Faremos movimentos importantes, cuidadosos, prudentes, desfocando o antropocentrismo (Philippe Descola), percebendo e sendo montanhas (Marisol de la Cadena); não encontraremos mais o real em prateleiras confortáveis (Bruno Latour). Porque seremos estrelas, e muitas delas serão quase humanas. Alguns seres não serão humanos, como também não serão inumanos, e não caberão em qualquer classificação. Não estarão vivos nem mortos, pois o estado existencial onde são não traz estas categorias.

Sabíamos dos concretos limites da linguagem (Eva Meijer), mas, de fato, os havíamos experimentado como agora? Adam Phillips recoloca a filosofia em outro lugar, não mais acima da vida, mas dentro dela. Em Rosi Braidotti, o protagonismo contemporâneo do ser modernista ruiu.

Em diversos momentos as coisas podem nos ensinar a conversar com elas.

Nosso estudo abrange também Ailton Krenak, Derrida, Bobbio, Jane Jacobs, Deleuze, Mia Couto e outros. Muitos já são conhecidos em Filosofia Clínica de estudos avançados (afinal, ela conversa com seres também não humanos nos Exames das Categorias). Veja o programa completo de autores e obras aqui.

Com meu abraço,

Lúcio Packter

 

 

  • funcionamento e inscrições

  • retorno para a página principal

  •