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Arquivo com os Exercícios de Filosofia Clínica contendo as respostas comentadas:

 

Ernst Cassirer e Filosofia Clínica

"No sentido tradicional do termo, uma filosofia da história é uma teoria especulativa e construtiva do próprio processo histórico. Uma análise da cultura humana não precisa entrar nessa questão especulativa. A tarefa que ela propõe a si mesma é bem mais simples e modesta. Procura determinar o lugar do conhecimento histórico no organismo da civilização humana. Não podemos duvidar de que, sem a história, perderíamos um elo essencial na evolução desse organismo. A arte e a história são os mais poderosos instrumentos da nossa indagação sobre a natureza humana. Que saberíamos sobre o homem sem essas suas fontes de informação? Ficaríamos dependentes dos dados da nossa vida pessoal, que só nos podem proporcionar uma visão subjectiva e que, na melhor das hipóteses, não passam de fragmentos dispersos do espelho partido da humanidade. É claro que, se quiséssemos completar a imagem sugerida por esses dados introspectivos, poderíamos apelar para métodos mais objectivos. Poderíamos fazer experiências psicológicas e colher dados estatísticos. Mas, a despeito disso, nossa imagem do homem continuaria sendo inerte e sem cor. Só descobriríamos o homem "médio"- o homem das nossas relações cotidianas práticas e sociais. Nas grandes obras da história e da arte começamos a distinguir, por trás dessa máscara do homem convencional, os traços do homem real, individual. Para podermos encontrá-lo, devemos procurar os grandes historiadores ou os grandes poetas (...). A poesia não é uma simples imitação da natureza; a história não é uma narrativa de factos e acontecimentos mortos. A história, assim como a poesia, é um sistema do nosso autoconhecimento indispensável para construir nosso universo humano."


(In: CASSIRER, Ernst- Ensaio sobre o homem. Introdução a uma filosofia da cultura humana. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 334-335).                                                                         

 

Assinale o que é verdadeiro:

a. (   ) Cassirer se vale do que em Filosofia Clínica chamamos de Esteticidade.

b. (   ) Cassirer valoriza a história para a indagação da natureza do homem, assim como a Filosofia Clínica valoriza a historicidade individual na compreensão de cada pessoa.

c. (   ) A Filosofia Clínica, em princípio, não valoriza a arte no entendimento do homem da mesma maneira que Cassirer.

 

 

               

 

 

 

                                                                    

 Resposta

São verdadeiros os itens B e C.

Esteticidade em Filosofia Clínica diz respeito a um movimento intenso, intempestivo e desordenado, de conteúdos. Não se relaciona à arte necessariamente. Por isso, o item A é falso.

No item B existe uma concordância de princípios, pois Cassirer valoriza a história para a indagação da natureza do homem, assim como a Filosofia Clínica valoriza a historicidade individual na compreensão de cada pessoa.

No item C, a Filosofia Clínica, em princípio, não valoriza a arte no entendimento do homem da mesma maneira que Cassirer. Muitas vezes este dado de Semiose (tópico estrutural décimo quinto) não é indicativo ou suficiente para dar conta da indagação e da reflexão em torno da pessoa e do homem. Isso depende da maneira como a arte estará inserida na narrativa da pessoa.

 

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