Querido colega,
De Inverness para baixo teremos muito contato
próximo com aquele néctar, cor de âmbar, o whisky escocês. Se você
não bebe, isso não é motivo para não experimentar, pois uma coisa
não necessariamente tem a ver com a outra.
E também não há pecado, se considerarmos que
provavelmente a destilação foi um ensinamento dos monges para os
celtas; mais ou menos. Imagine um velho destilador, alguém em um
vale longínquo, alguém caminhando das Low Lands rumos às colinas, um
preparador teimoso em acertar um malte. Muitas gerações levaram o
conhecimento sutil da destilação, o entendimento da água pura
escocesa, a turfa, a cevada, a brisa que refrescará nossas almas.
Os highlanders guardavam a pesca do salmão, o
zelo com seus rebanhos, com o degustar da “água da vida”, que quer
dizer whisky.
Bem, um estranho e triste imposto sobre o
malte fez com que as melhores destilarias se encontrassem perdidas
nos vales das Highlands. Milhares delas, contam. Algumas se tornaram
famosas e a própria elite inglesa preferia estas bebidas às bebidas
oficiais...
Passaremos por elas ao longo de rodovias como
a linda A9. Teremos todo o tempo do mundo para parar e acompanhar
isso de perto.
Um abraço,
Lúcio
(22 de agosto de 2011) |
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