Querido colega,
Em reunião nesta semana, em Porto Alegre, com
a equipe da agência de viagens, a constatação natural é de que
estamos mudando o que se conhece por uma viagem nestes moldes. Quem
já viajou em grupo antes vai provavelmente apreciar muito o
humanismo e a plasticidade desta jornada. Suavidade, paz,
tranqüilidade são os tons que o outono escocês sugere a cada um de
nós para podermos entender e viver suas coisas. E para isso é
necessário que tenhamos flexibilidade entre as características
primeiras.
A idéia é que se estivermos caminhando por
Oban, rumo ao mar, naquelas alamedas, ao solzinho da tarde, e
quisermos trocar a visita ao lindo parque de recuperação aquático
por uma hora em um agradável café e suas mesinhas na calçada,
poderemos fazer isso. Se desejarmos estender duas horas em uma
daquelas lojinhas de tranqueiras e quinquilharias, em uma aldeia ao
norte, perto de Inverness, porque não?
E se subitamente ouvirmos em uma rádio das
ilhas que um velho bluesman tocará seu violão em um recanto qualquer
ao sul de Stirling, e tivermos chance de ouvir...
Uma viagem de confraternização e de estudos,
na minha opinião, começa pela maneira como se descortina desde
Guarulhos, e, bem antes disso, desde quando é sonhada. Comece a
desacelerar o coração e a mente desde agora, é a minha indicação. O
poema já começou.
Um abraço,
Lúcio
(27 de maio de 2011) |
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