Querido colega,
Escrevo de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O
caos aéreo ameaça retornar com as novas emissões de cinzas do
Puyehue-Cordón Caulle. Com isso, cancelei meus compromissos pelo
norte e nordeste do país e retorno nesta segunda-feira, após as
aulas iniciais da nova turma em Dourados, diretamente para Porto
Alegre.
O outono escocês exigirá de nós um agasalho
leve durante o dia e uma blusa de lã à noite, sobretudo a partir das
Highlands. Os itens tradicionais de viagem como óculos escuros, boné
macio com abas, e seu velho e aconchegante calçado são essenciais.
Por favor, evite com sinceridade qualquer coisa que se pareça com
uma mala de trinta quilos. 30 quilos... Acho que você vai me
agradecer depois por isso.
Entraremos na Escócia com nosso passaporte e
uma entrevista pequenina rápida. Não se preocupe porque estarei com
você neste momento, ok? Vão nos dar um visto tranquilamente, somos
simpáticos.
Podem querer fazer uma inspeção demorada na
bagagem, por segurança. Isso é importante e apreciam quando sentem
que colaboramos. Colaborar é não levar ervas estranhas (chimarrão),
estojos misteriosos que não abrem porque a pessoa perdeu a chave
minúscula do cadeado, não levar coisas como canivetes suíços...
Não é necessário registrar máquinas
fotográficas, filmadoras e IPhones ao deixar o Brasil.
Você usa remédios controlados? Ainda que
tenhamos médicos em nosso grupo, leve sua receita para o caso de
precisar comprar mais medicamento lá.
Há limites para o que podemos comprar na
Escócia, mas pela natureza de nossa viagem isso não será um
problema.
A partir do próximo informativo as cartas
serão longas e trarão dados mais específicos sobre a viagem. Mas
prometo que não será nada chato. Vamos nos divertir com o que vou
escrever, pois é este o espírito da Escócia.
Um abraço,
Lúcio
(13 de junho de 2011) |