Querido colega,
Muito, muito frio mesmo em Porto Alegre. Hoje
as temperaturas estão em queda livre. Chegarão a 1 grau de
madrugada. Se soprar o ventinho que desce dos Andes, teremos neve e
termômetros marcando abaixo de zero. E em meio a isso, estou aqui,
arrumando a mochila para prosseguir meus trabalhos pelo país.
Amanhã, sábado, tenho aulas e clínicas em Chapecó, oeste de Santa
Catarina.
Bem, falemos da Escócia.
Alguns acham que precisam ver o filme Local
Hero, de Bill Forsyth, para compreenderem a relevância da beleza
naquele país; ou que não podem deixar de visitar localidades como
Falls of Lora, Smoo Cave, The Quiraing porque serão perguntados por
isso depois; eventos como Braemar Gathering também. Loch Ness e
outros.
A questão central aqui é que a Escócia se
espalha por lugares que juntos, associados, se tornam o que ela é.
Mais ou menos como a sinfonia, o conjunto da obra. Isso se traduz em
um modo de vida atraente para a nossa época. Uma parte significativa
das pessoas na Escócia possui o gosto pelo social, pela conversação.
O escocês costuma, de modo amplo, optar pela franqueza, pela
conversação. A ética protestante trouxe ao país um elemento rigoroso
ligado à justiça social. A Escócia se estende das ilhas aos lagos e
montanhas e oceanos. Captar esta essencial, em minha opinião, é o
fundamental.
E é neste horizonte que consideraremos algumas
das localidades e cidades por onde estaremos. Na próxima carta
cuidaremos disso.
Obs.: uma indicação que tem tudo a ver com a
nossa viagem é procurar manter a mente em paz, o coração sereno, as
idéias compassadas, Mantenha longe a correria relacionada a comprar
malas, fazer documentos às pressas, sair atrás de uma máquina
fotográfica etc... isso destoa do que estamos nos preparando para
vivenciar. A própria preparação já é parte de nossa jornada.
Um abraço,
Lúcio
(01 de julho de 2011) |
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