02 de agosto de 2010

Querido colega,

Escrevo de Porto Alegre. Tivemos a Semana de Estudos semana passada aqui. Os colegas de todo o país que estiveram na capital gaúcha apreciaram, as temperaturas estiveram ao nosso lado e o inverno se comportou com dias outonais.

Nos próximos dias você receberá uma cartinha do Instituto Packter convidando a estudar sucintamente determinados aspectos de nossa jornada à Israel. Temos pesquisado como fazer isso de modo agradável, que diga respeito a cada colega, que acrescente de fato lições importantes.

Tenho algumas dicas que podem auxiliar.

Cada colega receberá temas curtos e específicos. Nada como “A história de Israel desde a formação dos povos do Mediterrâneo”. E sim algo como “Um dos portões das muralhas da Cidade Velha de Jerusalém” ou “O Domo da Rocha”.

Como a Internet é um Oceano, é indicado que você trabalhe com fontes confiáveis, como o site da Folha de S. Paulo, blogs ligados a revistas como a Veja, sites ligados a portais como o Terra ou UOL.

O que pesquisar? Pedras que foram recolocadas, a vez que Frank Sinatra chorou junto aos estábulos de Salomão, dados recentes, antigos, pessoas, cultura, política?

Talvez seja interessante deixar de lado pormenores cansativos e interessantes a manuais amadores de arqueologia. Mas às vezes é bem difícil sabermos quais são estes pormenores, que durante o estudo podem parecer essenciais. Por exemplo: quando chegarmos a Haifa, é importante dizer que a cidade foi construída sobre o porto, nas dobras do Monte Carmel, que aquele prédio esplendido lá em cima, o chapéu da cidade, é o Templo Bahai. Já enveredar por conversas sobre o homem pré-histórico que teria vivido nas cavernas, grutas, rochas abaixo do Monte Carmel... hum... é de se pensar.

Não é uma regra, mas o que é ou não importante no estudo que você fará está relacionado diretamente ao cunho da viagem que faremos. Nossa intenção nesta viagem de confraternização e de estudos é de fazermos uma conversação entre a Filosofia, a Filosofia Clínica, os textos e elementos históricos. Leve isso em conta em sua pesquisa e ela provavelmente se tornará mais simples, mais direta.

Cada um de nós terá apenas uns 15 minutos para falar sobre o que estudou. Logo, apontamentos em uma folha são mais condizentes do que um livro inteiro sobre o assunto.

Caiu para você o Monte das Oliveiras? O que pesquisar? Bem, foi ali que Jesus ensinou, chorou, orou e foi preso. Existe também a Igreja de Todas as Nações, as oliveiras de Getsêmani, cuidadas por franciscanos; e o local na ressurreição de Lázaro, marcado por um minarete. Isso é o essencial, ainda que tenhamos muitos e muitos outros elementos. Tome dentro destes temas o que é referência para as nossas conversações.

Um afetuoso abraço,

Lúcio

 

carta 16

retorno ao índice de cartas