17 de setembro de 2010

Querido colega,

Escrevo de Fortaleza. Amanhã sigo para o interior de Minas Gerais; tenho três dias de atividades na Universidade Federal de São João Del Rei. Combinei de encontrar a Dayde nesta sexta-feira em Belo Horizonte para irmos juntos.  

Bem, os colegas com quem tenho conversado pelo país me perguntam um monte de coisas sobre Israel. A maioria das colegas mulheres me perguntam sobre a roupa, pois se assustaram com aquela história de que vou levar apenas uma mochila de pano. Ok, eu entendo. Vou passar então uma receitinha que variará para cada pessoa, está bem? Basicamente, 4 camisas de mangas compridas, 3 calças ou vestidos (estes bem além dos joelhos), 1 blusão macio, 3 pares de meias, roupas íntimas, dois pares de sapato (olha lá, hein?). Lenços, chapéus, mantos sagrados deixe para comprar lá.  Cremes, roupas, artigos de higiene, tudo isso existe de primeira linha em Israel.

Ninguém vai se sentir isolado do mundo. Todos os hotéis e pousadas possuem rede de TV com programas em inglês. Diariamente é publicado o Jerusalem Post todinho em inglês. E em comunicação o país é prodigioso: é o país com maior número de telefones celulares por pessoa em todo o mundo! Acho que não encontraremos uma única criança israelense sem um celularzinho na sacola escolar. Minha indicação é alugar um chip e usar em ligações internacionais. O custo é uma piada perto do que gastamos em telefonia no Brasil. Alugue um chip, ponha em seu celular e guarde o seu para a volta; qualquer quitanda de serviços de mídia faz isso para a gente lá. Se não quiser se chatear com isso, há os telecart, que são cartões telefônicos vendidos em tudo quanto é quiosque e armarinho, até em recepção de pousada.

Sobre Internet, quem foi à Grécia o ano passado ficou decepcionado. Conexões caras, ruins e raras. Pois adivinhe qual é o país com maior número de computadores por pessoa no mundo? EUA, Japão, Alemanha? Não, é Israel. As conexões são ótimas, rápidas, e estão por toda a parte. Nos centros urbanos, conexões sem fio nos hotéis.

A corrente elétrica em Israel é de 220 volts. A tomada é de três pinos, mas a maioria aceita dois, daquele tipo europeu. Podemos comprar adaptadores por 12 reais no aeroporto, em Tel Aviv ou em qualquer armarinho.

O tempo varia de acordo com onde estamos no país. No final do outono é frio nas montanhas, seco e ameno nos vales, mais quente ao sul. Penso que encontraremos temperaturas entre 16 e 22 graus. Talvez um pouco mais no Mar Morto e no deserto em direção ao Egito, ao sul.

Pode-se comer um falafel em qualquer lugar? Falafel, aquele sanduiche aberto que os turistas se lambuzam tentando comer, sabe?  Pão sírio recheado de repolho, pimentão, berinjela, grão de bico, tomate. Vou dar uma dica que pode salvar uma das suas quatro camisas de viagem: segure dos dois lados e comece a comer pelo meio do sanduíche. Guardanapo pertinho. No início é estranho. Pode comer em qualquer lugar, mas a comilança do café da manhã é tão grande que a fome vai chegar no meio da tarde, bem perto do jantar.

Um abraço,

Lúcio

 

carta 23

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