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05 de outubro de 2010 Querido colega, Escrevo do avião que me leva a Curitiba. Uma das coisas que a gente pode fazer dentro de um avião é escrever cartas no lap top. O clima é bom, servem sucos e, afora algum evento curioso lá fora, escrever é confortável. Hoje à noite tenho uma aula-palestra nas Faculdades Itecne, nossa parceira na região. Temos uma turma grande de alunos na cidade e uma segunda turma será aberta em alguns meses. Hoje quero conversar sobre os universais e os singulares. Você está pesquisando em sites para a parte que tratará na viagem, eu imagino. Quando pesquisa, por exemplo, sobre o meigo Mar da Galiléia, é usual que encontre os universais em maior quantidade; os singulares, poucos. Os singulares surgem a partir das vivências no local, muitas vezes. Às margens do mar da Galiléia é que se compreende que o sol é mais intenso do que o sol europeu; às vezes há um surto de água viva em algumas das praias de Israel (jellyfish) em julho e é sábio curtir o mar de fora; e o matkot, uma mistura de tênis de mesa com paddle, que é tão frequente nas praias... A gente lê sobre Internet no país etc e tal. Mas sabia que toda a região central de Jerusalém conta com Internet de graça? Mas muitos elementos interessantes para os nossos padrões culturais. Exemplo: há mais de 150 mil beduínos no deserto de Israel; tribos árabes do deserto. É complicado o processo de integração ao Estado judeu. Esses beduínos tem como um dos princípios receber bem. Se um homem do deserto, semi nômade, convida para ir à tenda tomar um chá doce é uma afronta recusar o convite. Um exercício interessante é tentar chegar aos singulares a partir dos universais, caso exista um interesse nas especificidades. Há elementos em uma viagem que pedem por especificidades. Um abraço, Lúcio
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